O que é o projeto

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 Vivi dos 12 aos 33 anos de idade sob o regime de exceção, durante o período da ditadura militar brasileira (abril de 1964 a março de 1985).

O que teria sido minha vida sem essa ruptura nos direitos fundamentais dos homens e mulheres do Brasil é inimaginável. O que perdi, com a falta de liberdade de expressão e organização não é possível mais discutir ou recuperar. Para mim é possível, sim, recriar do ponto de vista da subjetividade e da arte.

Nesse período, apesar do medo que imperava, eu participei dos movimentos estudantis, e do Congresso de Reconstrução da UNE; da criação de jornais alternativos; do Movimento Feminino pela Anistia; do Movimento Anti Apartheid (da África do Sul); contra a Guerra do Vietnã, e de vários outros grupos que colaboraram com mudanças políticas.

Hoje, em 2013, olho para trás e vejo que nada passou. Tudo está em algum lugar em um baú, que pode ser aberto a qualquer momento. E tudo ressurge, pois existe um vácuo, um espaço buscando ser preenchido, mirando uma possível “exorcização”.

Este projeto tenta acalmar o temor da inutilidade da vida, na busca do que restou de esperança de tantos fatos históricos de uma época sombria, estendendo seus horizontes… e criar uma nova conexão, unir, através de lembranças desse passado recente, zonas paradoxais onde memórias e esperanças, realidades e mitos, se cruzam, se complementam e  se questionam. Brotaram. E brotam.

Pretendo recompor possibilidades; transpor o sonho; tecer realidades imaginadas, e unir a diversidade.

O projeto envolve os seguintes países e canções:

África do Sul – God Bless Africa (Canção híbrida, atual hino da África do Sul);

Argentina – Los Hermanos (Atahualpa Yupani);

Brasil – Para não dizer que não falei das flores. (Geraldo Vandré);

Chile – Gracias a la vida (Violeta Parra);

Cuba – Guantanamera (José Martí e Josito Fernandez);

Portugal – Grândola vila morena (José Afonso);

Rússia – A internacional comunista (letra de 1871, de Eugène Pottier);

Vietmã – Wes shall not be moved – No nos moverán (sem autor reconhecido.

(Gravada por Joan Baez).

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Español

     De los 12 a los 33 años viví bajo el régimen de excepción, durante el período de la dictadura militar brasileña (abril de 1964 a marzo de 1985).

     Resulta imposible imaginar cómo habría sido mi vida sin esa ruptura de los derechos  fundamentales  de los hombres y  mujeres  de  Brasil. Lo que perdí con la falta de libertad de expresión y organización ya no puede ser discutido ni recuperado. Lo que para mí sí es posible, es recrearlo desde el punto de vista de la subjetividad y del arte.

     Durante aquel período, a pesar del miedo que imperaba, participé de movimientos estudiantiles y del Congreso de Reconstrucción de la UNE (Unión Nacional de Estudiantes); de la creación de periódicos alternativos; del  Movimiento Femenino por la Amnistía; del Movimiento Anti Apartheid (de África del Sur); contra la Guerra de Vietnam, y de otros tantos grupos que contribuyeron con los cambios políticos.

     Hoy, en 2013, cuando miro hacia atrás, compruebo que nada quedó en el pasado. Todo está en algún lugar de un baúl que puede ser abierto en cualquier momento. Y todo resurge, pues existe un vacío, un espacio que pide ser rellenado, buscando una especie de “exorcismo”.

     Este proyecto intenta aplacar el temor a la inutilidad de la vida, al buscar  lo que restó de esperanza de tantos hechos históricos de una época sombría, extender sus horizontes… crear una nueva conexión, unir, a través de los recuerdos de ese pasado reciente, zonas paradoxales donde  memorias y esperanzas, realidades y mitos, se entrecruzan, se complementan y se cuestionan. Brotaron y brotan.

     Me propongo recomponer posibilidades, transponer el sueño, tejer realidades imaginadas, y unir la diversidad.    

El proyecto envuelve los siguientes países y canciones:

África del Sur – God Bless Africa (Canción híbrida,  actual himno de África del Sur);

    Argentina – Los Hermanos (Atahualpa Yupanqui);

    Brasil – Para não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré);

    Chile – Gracias a la vida (Violeta Parra);

    Cuba – Guantanamera (José Martí y Josito Fernández);

    Portugal – Grândola vila morena (José Afonso);

    Rusia – La Internacional comunista – (letra de 1871, de Eugène Pottier);

Vietnam – We shall not be moved – No nos moverán (autor desconocido,      grabada por     Joan Baez).

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English

From the age of 12 to 33, I lived under the authoritarian regime, which was during the Brazilian military dictatorship (April 1964 to March 1985).

It is unimaginable what my life would have been like without this break in Brazilian men and women’s fundamental human rights. It is impossible to discuss or recover what I lost by not being allowed freedom of speech and organization. 

For me, it is only possible to

 re-create from the point of view of art and subjectivity.

At that time, despite the reigning fear, I participated in student’s movements and the UNE’s Reconstruction Congress (Brazilian National Students Association); Feminine Amnesty Movement, Anti-Apartheid Movement (referring to South Africa), against the Vietnam War, and in favor of several other political groups that collaborated with changes.

 Today, in 2013, I look back and see that nothing is over. All of this is kept somewhere in a wooden chest that can be opened at any time, bringing everything back to life, due to the existing vacuum, an empty space seeking to be filled, targeting a possible “exorcism”.

This project tries to calm the fear of life’s uselessness, in search of  the hope that is left of so many historical facts, from this dark gloomy time, extending its horizons… and generating new connections,  tied together through my memories of this recent past, creating paradoxical zones where memories and hopes, myths and realities interact, complementing and questioning.  They sprouted! And spring! I intend to reset possibilities; transpose the dream; weave imagined realities, and join diversity.

The project involves the following countries and songs

South Africa – God Bless Africa (hybrid song. The presentanthem ofSouth Africa);
Argentina – Los Hermanos (Atahualpa Yupanqui
);

Brazil – Para não dizer que não falei das flores. (Geraldo Vandré);

Chile – Gracias a la vida (Violeta Parra);

Cuba – Guantanamera (José Martí and Josito Fernandez);

Portugal – Grândola vila morena (José Afonso);

Russia – The Communist International Anthem (lyrics from 1871, Eugène Pottier);

Vietnam – We shall not be moved – No nos moverán (norecognized author. Recorded by JoanBaez).

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